Foto: Germano Rorato (Arquivo/Diário)
Durou cerca de quatro horas a primeira audiência de instrução do processo que apura o desaparecimento da diarista Ana Lúcia Drusião, 35 anos, em Dilermando de Aguiar, em maio de 2016. A audiência aconteceu no Fórum de São Pedro do Sul, onde tramita a ação, na tarde desta quarta-feira. O marido de Ana Lúcia, Antônio Adelar Rigão Stello, 53 anos, que é acusado de matar e ocultar o cadáver da esposa, seria ouvido, mas faltaram testemunhas e o depoimento dele em juízo ficará para a próxima audiência, marcada para 17 de dezembro deste ano.
Stello responde por homicídio qualificado por motivo fútil, já que teria assassinado a esposa por conta da separação. O casal tem duas filhas, que na época tinham 10 e 19 anos. A menina de 10 anos morava com os pais na propriedade do casal, na localidade de Três Coqueiros, em Dilermando de Aguiar. O veículo de Ana Lúcia, um Celta Prata, foi abandonado em uma estrada a cerca de 300 metros de distância da casa.
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Ao todo, dez testemunhas foram ouvidas, cinco policiais civis, um bombeiro, uma testemunha que teria visto o carro de Ana Lúcia, uma amiga do casal, a irmã e a mãe da vítima.
O assistente de acusação no caso, advogado Daniel Tonetto, acredita que, após a primeira declaração das testemunhas à justiça, as razões da polícia ter indiciado Stello ficaram ainda mais claras:
- Para mim não há a menor dúvida que ele deve ser submetido ao Tribunal do Júri e deve ser condenado - defendeu.
Stello nega as acusações. O Diário tentou contato por telefone com o advogado do réu, Fabiano Braga Pires, mas não obteve retorno.